Oi amor, sou eu de novo. Quando dá essas crises de paixão aguda eu venho aqui escrever pra você. Escrevo porquê o sentimento não cabe dentro do meu coraçãozinho. Imagino milhões de aventuras com você. Ver o pôr do sol no alto de uma montanha, pescar num lago daqueles beeeem calmos, deitar numa rede e ficar olhando as estrelas. Imagino nós dois bem velhinhos, você rabugento, é claro, e eu rindo das suas reclamações. Ambos sentados em uma varanda em frente ao jardim com passarinhos e algum cachorro bobão correndo atrás das borboletas. Quero te conhecer. Mas não quero saber aquelas coisas que todo mundo sabe. Quero os seus detalhes, os mais pequenos. Saber dos seus medos, suas vontades mais escondindinhas. Quero ouvir suas lembranças boas e imaginar como seria se eu estivesse vendo, como um filme passando na tevê. Apenas sentir o batimento do seu coração enquanto a noite cai e assim ficar, sempre.
Desafio 30 dias de escrita 1. Uma memória feliz Difícil escolher apenas uma memória feliz, tenho tantas, a maior parte que me vem a cabeça são as de quanto eu era criança. Talvez porque percebo que as responsabilidades crescendo e cada vez mais sinto falta de quando eu não tinha responsabilidades. Gosto de lembrar de quando minha mãe me levava para lugares legais. Quando eu era criança, minha mãe não tinha muitas condições de me levar em lugares que tinham que pagar, então nós sempre íamos ao parque da cidade, em museus e teatro. Algumas vezes íamos ao cinema também. Mas voltando ao teatro, me veio uma leve memória, sei que grande parte dela já foi preenchida pela minha criatividade por falta de informações, e a outra parte que é real, quem me lembra é minha mãe. Lembro de estar no teatro nacional e um grupo, acredito que os saltinbancos, se apresentavam em uma parte mais aberta e cantavam aquela musica "alecrim alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado... foi meu a